Como uma das blockchains originais da camada 1 no segmento de cripto, o Fantom passou por vários altos e baixos desde o lançamento em 2018. Apesar das preocupações com a adoção, o cofundador Andre Cronje e a organização sem fins lucrativos Fantom Foundation conseguiram reviver o Fantom graças ao entusiasmo em torno do Sonic. Com a reformulação da marca Sonic, o Fantom conseguiu se posicionar como grande concorrente no mundo da blockchain graças à sua escalabilidade aprimorada.
Essa migração do Fantom para o Sonic será o catalisador necessário para desencadear uma adoção generalizada? Desde abordar os conceitos básicos da blockchain Fantom até destacar as possíveis melhorias que vêm com a atualização da rede Sonic, aqui está tudo o que você precisa saber para entender o tópico sobre o que é o Fantom e do que se trata sua moeda FTM.
TL;DR
Fantom é uma blockchain de camada 1 de alto desempenho projetada para transações rápidas e de baixo custo que opera na mainnet Opera com seu mecanismo de consenso exclusivo Lachesis, oferecendo alta taxa de transferência, rápida finalização de transações e taxas baixas.
O mecanismo de consenso Lachesis combina tolerância a falhas bizantinas assíncronas com arquitetura de grafo acíclico direcionado para oferecer alta escalabilidade, finalização rápida das transações e segurança aprimorada.
Os desenvolvedores podem transferir projetos Ethereum existentes com facilidade para o Fantom graças à compatibilidade com a Máquina Virtual do Ethereum. Isso abre oportunidades para velocidades mais rápidas e custos mais baixos sem a necessidade de reescrever o código.
A próxima migração do Sonic promete aumentar a escalabilidade com a Máquina Virtual Fantom (FVM), ampliando a taxa de transferência das transações para 2.000 TPS mantendo a descentralização e a segurança.
Embora a FTM permaneça central para staking, governança e taxas, o token “S” será o token nativo do Sonic, fornecendo recursos de cadeia cruzada otimizados e processamento de transações mais rápido e econômico assim que a mainnet do Sonic entrar em operação.
O que é Fantom?
Fantom é uma plataforma de blockchain de camada 1 de alto desempenho desenvolvida em uma arquitetura de grafo acíclico direcionado (DAG) projetada para fornecer soluções rápidas e de baixo custo para aplicativos descentralizados (DApps) e ativos digitais. Entre as várias camadas 1, o Fantom se destaca dos demais com seu mecanismo de consenso Lachesis exclusivo, que proporciona finalização quase instantânea das transações e baixas taxas. Atualmente, o Fantom é executado na mainnet Opera, que atua como a rede blockchain fundamental que impulsiona o ecossistema Fantom. Recentemente, a tão aguardada migração do Sonic contribuiu para grande parte da discussão recente sobre o Fantom, pois os traders e usuários de DeFi estão animados com o que está por vir.
Conheça as blockchains da camada 1
O Fantom opera como uma blockchain de camada 1, o que significa que é uma blockchain independente que processa transações e dados em sua própria rede. Diferentemente das soluções de camada 2, que ficam sobre blockchains existentes como Ethereum, as blockchains de camada 1 visam resolver problemas como altas taxas e baixas velocidades de transação, oferecendo sua própria infraestrutura básica. No mundo das blockchains de camada 1, o Fantom compete com projetos como Solana e Sui. O que diferencia o Fantom é o foco em fornecer alta taxa de transferência e escalabilidade sem os custos elevados normalmente associados a redes descentralizadas.
A história e a evolução do Fantom
Lançado em 2018, o Fantom tinha uma missão clara: superar os problemas de escalabilidade, velocidade e segurança que afetam muitas blockchains existentes. É a criação do cientista da computação sul-coreano Dr. Ahn Byung Ik, cujo objetivo era criar uma blockchain que pudesse atingir alto desempenho sem sacrificar a descentralização ou a segurança. Em 2019, Ahn deixou o futuro do Fantom nas mãos da Fantom Foundation e dos seus líderes, Michael Kong e Andre Cronje. Ao longo dos anos, o Fantom ganhou reconhecimento graças aos vários avanços tecnológicos introduzidos pela mainnet Opera. Entre essas conquistas, seu mecanismo de consenso Lachesis se destaca e fica no centro da arquitetura.
Como funciona o Fantom? Explicação do mecanismo de consenso Lachesis
Como mencionado anteriormente, o Fantom foi criado originalmente para resolver o trilema blockchain de equilibrar escalabilidade, segurança e descentralização. O Fantom afirma atingir esse equilíbrio por meio de seu mecanismo exclusivo de consenso Lachesis, que permite confirmar transações em meros segundos com um alto grau de segurança.
Para detalhar como a mainnet Opera do Fantom funciona, vamos explicar os vários componentes e como eles se unem para formar a potência de escalabilidade, que é a blockchain do Fantom. Resumindo, o Lachesis combina tolerância a falhas bizantinas assíncronas (aBFT) com sua arquitetura DAG. Para entender completamente o Lachesis, vamos primeiro analisar seus principais componentes.
Grafo acíclico direcionado: diferentemente das blockchains tradicionais que usam uma cadeia linear de blocos, uma rede com uma arquitetura DAG cria um ambiente de modelagem de dados que permite que vários blocos sejam adicionados à rede simultaneamente. Isso permite um processamento de transações mais rápido e latência reduzida.
Tolerância a falhas bizantinas assíncronas: o algoritmo de consenso aBFT garante que a rede possa operar de forma confiável, mesmo que alguns nós sejam mal-intencionados ou tenham falhas. Ele consegue isso permitindo que os nós verifiquem de forma independente a validade das transações e cheguem a um consenso sem exigir comunicação direta em tempo real.
Como funciona o Lachesis
No mecanismo Lachesis, cada nó cria um evento que inclui suas transações e faz referência a eventos e blocos anteriores no DAG. Essas referências formam um DAG, no qual cada evento e bloco tem uma posição única na rede.
Quando um nó recebe um novo bloco, ele constata sua validade verificando a validade da transação, na qual nó da rede garante que as transações incluídas no bloco sejam válidas e não que violem nenhuma regra da rede. O nó também verifica se o bloco faz referência aos blocos anteriores corretamente e se o DAG permanece acíclico.
Quando um bloco é considerado válido, o nó adiciona-o à sua cópia local do DAG, onde é imediatamente confirmado. Com o tempo, à medida que mais blocos são adicionados à rede, surge um consenso sobre a ordem correta das transações. Esse consenso é alcançado por meio de um processo chamado ordenação topológica, que determina a sequência correta dos blocos com base nas dependências deles.
Principais vantagens do Fantom
Alta escalabilidade: a arquitetura DAG permite o processamento paralelo de transações, possibilitando que o Fantom lide com um grande número de transações por segundo.
Finalização rápida de transações: o Lachesis fornece confirmação de transação quase instantânea, reduzindo o tempo de espera dos usuários.
Segurança: o algoritmo aBFT apoia a resiliência da rede contra ataques, mesmo na presença de nós mal-intencionados.
Descentralização: o Lachesis promove a descentralização ao permitir que os nós cheguem a um consenso de forma independente, reduzindo a dependência de uma autoridade central. É isso também o que alguns especialistas em blockchain querem dizer quando mencionam que o Lachesis é “sem líderes”, já que nenhum nó tem mais influência na proposição ou validação de blocos.
No geral, o Lachesis é um poderoso mecanismo de consenso que sustenta o desempenho e a segurança do Fantom. A combinação do DAGs e aBFT do Fantom permite processamento rápido de transações, alta escalabilidade e resiliência aprimorada. Isso o diferencia das blockchains tradicionais, que costumam apresentar velocidades de transação mais lentas e taxas mais altas, especialmente durante períodos de alta demanda, quando há casos de congestionamento da blockchain. Além disso, o Fantom é compatível com a Máquina Virtual do Ethereum (EVM), o que significa que os desenvolvedores que criam no Ethereum podem facilmente implantar seus aplicativos no Fantom e aproveitar suas velocidades mais rápidas e custos mais baixos.
O que é FTM?
FTM é a criptomoeda nativa da rede blockchain do Fantom. Ele serve como a espinha dorsal da plataforma, alimentando diversas funções que incluem o seguinte.
Proteção da rede: o FTM é usado para staking, o que ajuda a proteger a blockchain Fantom e manter seu consenso.
Governança: os holders de FTM podem participar das decisões de governança, influenciando o desenvolvimento futuro da rede.
Taxas: o FTM é usado para pagar taxas de gás transacionais na blockchain do Fantom.
Em essência, o FTM é o combustível que impulsiona o ecossistema Fantom, possibilitando suas diversas funcionalidades e garantindo sua segurança e sustentabilidade.
Requisitos de staking e validador de FTM
O staking é uma parte essencial do modelo de segurança do Fantom. Com um rendimento médio de APR de cerca de 6% e um período mínimo de bloqueio de duas semanas, os holders de FTM podem fazer stake de tokens e ganhar recompensas. O staking também confere direitos de governança aos usuários, permitindo que eles votem em mudanças importantes no protocolo. De acordo com o whitepaper do Fantom, o mecanismo de staking da rede foi projetado para ser flexível, com os delegantes tendo a opção de bloquear seus tokens por diferentes durações para ganhar recompensas maiores.
Além disso, o Fantom reduziu a barreira de entrada para a quantidade mínima de FTM em stake necessária para se tornar um validador na rede. Anteriormente, eram exigidos 500.000 FTM para validadores, esse número foi reduzido drasticamente em 90%, já que os requisitos de staking do validador agora são de 50.000 FTM.
Reformulação da marca Sonic do Fantom: a migração do Sonic
Recentemente, o Fantom anunciou uma grande transformação com a atualização Sonic, que promete tornar o Fantom uma camada 1 de alta taxa de transferência compatível com o Ethereum. Isso reflete o comprometimento da plataforma em se tornar mais rápida, mais eficiente e mais fácil para desenvolvedores. Longe de ser apenas uma mudança de nome, a reformulação da marca Sonic do Fantom é uma atualização estratégica projetada para melhorar o desempenho da rede e aproveitar o sucesso da mainnet Opera.
A migração do Sonic otimiza a camada de consenso da plataforma, reduzindo a latência e as taxas de transação. Isso torna o Fantom mais atrativo para desenvolvedores e usuários, especialmente em setores como DeFi e NFTs. Com o foco em velocidade, eficiência e facilidade de uso para desenvolvedores, o Sonic posiciona o Fantom como uma concorrente líder no espaço de blockchain de camada 1.
O que a migração do Fantom para o Sonic significa para desenvolvedores e usuários
Como mencionado, a migração do Sonic traz um novo nível de eficiência ao Fantom. Com a testnet já em andamento, vemos muita empolgação na forma como os preços do FTM se recuperaram em setembro de 2024. Aqui estão três melhorias notáveis introduzidas pela Máquina Virtual Fantom (FVM) para você considerar se tiver interesse no lançamento da mainnet do Sonic em dezembro de 2024.
Desenvolvimento turbinado
Considerada uma versão aprimorada da EVM, a FVM promete levar a blockchain do Fantom a novos patamares com sua enorme escalabilidade. Como as EVMs são limitadas a um número máximo de transações por segundo (TPS), isso cria um gargalo de escalabilidade que pode impedir a adoção em massa. A FVM rompe esses limites e aumenta o número máximo teórico de TPS para 2.000 ao oferecer conversão dinâmica, que converte código de alto nível em código de máquina com mais eficiência. Complementando esse recurso, há um armazenamento otimizado, que permite um manuseio de dados mais eficiente.
Para os desenvolvedores, isso significa poder criar DApps mais complexos com o mínimo de atrasos e congestionamentos. Graças à compatibilidade com linguagens conhecidas como Solidity e Vyper, os desenvolvedores podem portar projetos existentes do Ethereum para o Fantom com facilidade, beneficiando-se de velocidades mais rápidas e custos mais baixos sem precisar aprender novas linguagens.
Além disso, ao escalar diretamente na rede de camada 1, o FVM também evita os problemas de segurança e os riscos de fragmentação da cadeia principal que costumam afetar as soluções de camada 2, garantindo um ambiente estável e seguro para desenvolvedores e usuários.
Transações mais rápidas e econômicas
Os usuários se beneficiam da migração do Sonic ao experimentar uma finalização de transação mais rápida e taxas de gás mais baixas. O aumento da taxa de transferência do Fantom de até 2.000 TPS garante que a rede possa acomodar a crescente demanda de usuários tradicionais e ecossistemas de DApps emergentes. Por exemplo, usuários que interagem com plataformas DeFi podem fazer staking de ativos ou negociar tokens instantaneamente sem enfrentar altas taxas de gás ou esperar por longas confirmações de transações. Isso melhorará muito a experiência do usuário em uma variedade de aplicações, seja em staking de DeFi, emissão de NFT ou transferências básicas de tokens.
Escalabilidade em massa sem comprometimento
A migração do Sonic do Fantom aborda o trilema blockchain de frente, equilibrando escalabilidade, descentralização e segurança. Usando um mecanismo de consenso com aBFT sem líderes que permite que os nós validem transações sem precisar de uma autoridade central, a rede pode ser dimensionada sem comprometer a descentralização ou a segurança. O mecanismo de consenso com aBFT sem líderes também ajuda a rede a resistir a ataques ou falhas de nós sem comprometer a segurança ou a velocidade.
Ao resolver a escalabilidade de forma nativa dentro do protocolo de camada 1, o Sonic posiciona o Fantom como uma blockchain segura, descentralizada e escalável, pronta para impulsionar a próxima onda de adoção de blockchain. Com seus recursos aprimorados, o Fantom é adequado para hospedar DApps, lidar com inovações em DeFi e facilitar integrações entre cadeias, tudo isso mantendo alta eficiência.
O que é S?
Graças à recente votação de governança de compatibilidade 1:1 do FTM com S, o S será o token nativo da cadeia Sonic. Assim como o FTM, o token S desempenha um papel fundamental na proteção da rede por meio de staking e participação em decisões de governança. No entanto, o S é otimizado para se alinhar ao foco do Sonic em escalabilidade, interoperabilidade e engajamento dos usuários.
S versus FTM: uma comparação rápida
As principais diferenças entre os tokens incluem uma estrutura de recompensas mais dinâmica vinculada ao aumento da taxa de transferência do Sonic, permitindo um processamento de transações mais rápido e econômico. O token S também servirá como um ativo de ponte para integrações entre cadeias, aceitando transferências contínuas entre diferentes blockchains no ecossistema do Fantom e além.
Além disso, com a FVM e a migração do Sonic, o S atuará como o principal meio para taxas de transação e execução de contratos inteligentes, oferecendo custos mais baixos e confirmações mais rápidas do que seu antecessor. Isso torna o S essencial para impulsionar a rede e habilitar DApps e serviços mais sofisticados na plataforma.
Como um componente vital do ecossistema Sonic, o token S aproveitará os avanços da migração para gerar maior eficiência, segurança e acessibilidade para desenvolvedores e usuários.
Palavras finais e próximos passos
Mesmo com a atualização do Sonic chegando em breve, o Fantom não está se acomodando e parece pronto para um crescimento maior. Os desenvolvimentos futuros podem incluir a expansão do ecossistema existente, o aprimoramento de ferramentas para desenvolvedores a fim de atrair mais talentos e o lançamento de novas parcerias para preservar a competitividade no espaço de blockchain de camada 1. Uma migração tranquila para o Sonic será crucial para manter a confiança da comunidade e garantir o crescimento contínuo da plataforma. No final das contas, só o tempo dirá se o Fantom conseguirá concretizar seus planos ambiciosos e solidificar sua posição como uma rede blockchain líder.
Se você tiver interesse em aproveitar a volatilidade que poderá vir com a migração do Fantom para o Sonic, você pode começar negociando FTM conosco. Como alternativa, você pode saber mais sobre outras camadas 1 no segmento conferindo nosso guia que compara Solana versus Ethereum, ou ler sobre as camadas 1 mais recentes, como Sei e Aptos.
Perguntas frequentes
Fantom é uma blockchain de camada 1 rápida e segura, criada para superar as limitações na escalabilidade e nos custos observados em outras redes.
O Fantom usa o mecanismo de consenso exclusivo Lachesis, que oferece velocidades de transação mais rápidas e custos mais baixos em comparação ao modo de consenso de prova de participação do Ethereum, graças a uma combinação de arquitetura aBFT e DAG. Como a migração do Sonic do Fantom melhora a rede?
Comparado ao Opera, o Sonic melhora a velocidade, a escalabilidade e a eficiência da rede, permitindo taxas mais baixas e finalização de transações mais rápida.
FTM é usado para staking, governança e pagamento de taxas de transação no ecossistema Fantom. Já o S adotará casos de uso semelhantes e servirá como token nativo do ecossistema Sonic. Ele será introduzido com a próxima migração quando o Sonic entrar em operação. De acordo com a proposta de governança FTM-para-S, o FTM será compatível 1 para 1 com S na gênese da rede Sonic.
De acordo com o fundador Andre Cronje, a migração deverá ocorrer em dezembro de 2024, quando a rede principal do Sonic será disponibilizada ao público.
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